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Nova técnica da tenodese artroscópica do bíceps proximal resultado PO com 16 pacientes

Publicado em: 2 de fevereiro de 2021 por Naeon
Publicações Científicas

Nova técnica da tenodese artroscópica do bíceps proximal resultado PO com 16 pacientes.

Apresentado
Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia
2008-Porto Alegre-Brasil
Poster

Objetivo
A dor no ombro que está presente em lesões irreparáveis do bíceps braquial pode ser relacionada à exposição do mesmo nesses casos. Walsh observou que em certos pacientes idosos com lesão irreparável e intensa dor a demora do tratamento cirúrgico causava a ruptura espontânea do bíceps braquial e a consequente melhora dos sintomas.
Após essas observações foi introduzida a tenotomia biceptal como tratamento para lesões desse tipo. Entretanto uma dor residual no trajeto do bíceps continua a ser observada. Visando a melhora dessa dor residual muitos autores orientaram a tenodese biceptal ao invés da tenotomia. A técnica de tenodese mais difundida é a de Snyder com pontos feitos dentro de espaço intraarticular.
A tenodese como tratamento expandiu-se para outras lesões biceptais como o SLAP e lesões puras do cabo longo de bíceps com mais de 50% extensão.
Desenvolvemos uma técnica que divergia da de Snyder em 2 pontos, primeiramente o local de fixação,subacromial no sulco biceptal, e o tipo de nó utilizado, dupla bola de “baseball”.
Nosso trabalho vem demonstrar essa nova técnica de tenodese por artroscopia e seus resultados.

Materiais e métodos
De janeiro de 2005 a setembro de 2007 foram realizadas 16 tenodeses da cabeça longa do bíceps braquial, 4 por SLAP tipo 4, 1 por luxação biceptal anterior aliada a lesão do subescapular e 11 por lesão do manguito rotador associada a tendinopatia biceptal.
Na artroscopia utilizamos como padrão a posição de cadeira de praia com sutura em pontos contínuos ancorados para garantir melhor fixação do bíceps . Foram utilizadas em todas cirurgias âncoras bioabsorvíveis Biozip 5,5mm Stryker.
A técnica cirúrgica consiste inicialmente da tenotomia biceptal e sua exteriorização através de um portal ântero-lateral. A âncora é introduzida por esse mesmo portal no sulco biceptal a 45 graus com a normal.
A sutura é realizada externamente com pontos tipo bola de “baseball”. Após isso é dado o nó e reintroduzido o tendão biceptal no ombro.
A avaliação dos pacientes foi realizada sempre pelo mesmo médico, pré e pós-operatória e as cirurgias também foram realizadas pelo mesmo médico.
O grau da dor pré e pós-operatória foi avaliada usando uma escala subjetiva com nota 10 para a dor pré-operatória e 0 indolor.
Utilizamos também o UCLA para avaliação pré e pós-operatório.

Resultados
A média de idade foi de 54 anos variando de 21 a 73 anos, 9 mulheres e 7 homens, 14 dextros e 2 sinistros, sendo 12 cirurgias do lado dominante e 4 não dominante. Na avaliação prévia de acordo com critérios da UCLA os pacientes tiveram médias 19,25(variando de 4 a 26). No sexto mês Pós-operatório a média foi de 29,75(variando de 17 a 35). Todos os pacientes apresentaram melhora da dor em análise subjetiva( nota média 10 dor pré operatória para 2,56 PO).
Em 1 paciente houve perda da tenodese com presença de deformidade residual biceptal e dor referida ao longo do trajeto biceptal