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Técnica e resultados do tratamento artroscópico da artropatia rádio-capitular

Publicado em: 2 de fevereiro de 2021 por Naeon
Publicações Científicas

Congresso Brasileiro de Cirurgia de Ombro e Cotovelo
2008-Búzios-Brasil
Apresentação Oral
Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia
2008-Porto Alegre-Brasil
e-Pôster
Técnica e resultados do tratamento artroscópico da artropatia rádio-capitular.

Objetivo

A artropatia rádio-capitular é uma patologia de difícil manejo clínico e em pacientes sem lesão do ligamento colateral medial tem como opção de tratamento a exérese da cabeça radial.

Em nosso serviço temos utilizado a artroscopia para exérese da cabeça radial e objetivo desse trabalho é demonstrar nossa técnica cirúrgica e resultados preliminares.

Materiais e métodos
De janeiro de 2004 a outubro de 2007 foram operadas 7 artropatias rádio-capitulares por artroscopia em nosso serviço.
O posicionamento escolhido foi o decúbito ventral horizontal.
Antes do início da cirurgia foi realizada infiltração intraarticular com solução salina a 0,9% de 10 ml para a distensão capsular e proteção de estruturas nobres, em especial o nervo interosseo posterior.
Foram utilizadas em todas cirurgias as técnicas de exérese da cabeça radial sendo em 2 casos necessário complemento com capituloplastia para aumento do espaço .
Para a limpeza do espaço foi utilizado em todas as cirurgias shaver “tomcat” Stryker de 4.0mm e para a retirada da cabeça foi utilizado shaver “Barrel Bur 12 flute” Stryker de 4.0mm.
Em todos os pacientes foi utilizada bomba de infusão Stryker com fluxo de 100 e pressão de 30mmHg.
A goniometria foi realizada de forma manual de 5 em 5 graus respeitando os padrões internacionais.
A avaliação da dor foi subjetiva usando a escala de 10, para dor máxima, a 0, sem dor.
Todos os pacientes foram avaliados pré e pós-operatório pelo mesmo médico, tendo esse realizado também todas as cirurgias.

Resultados
A média de idade foi de 34,5 e mediana de 32,8 anos variando de 18 a 60 anos, 2 mulheres e 5 homens, todos dextros sendo 6 cirurgias do lado dominante e 1 não dominante. Na avaliação prévia a média de extensão era de 10 graus e flexão de 136 graus com dor à flexo-extensão e prono-supinação ativa e passiva.
A média pronação pré operatória foi de 53 graus graus e a supinação de 46 graus.
Em nossa série os resultados preliminares mostram um ganho de prono-supinação de 42 graus e flexo-extensão de 11 graus.
Todos os pacientes tiveram melhora da dor passando em média na análise subjetiva de 10 para 1,71.
Nenhum paciente apresentou lesão nervosa, uma paralisia transitória do nervo interósseo posterior ocorreu, com melhora em duas semanas.

Conclusão
Mesmo com um número pequeno de pacientes, devido à pequena prevalência desse tipo de lesão, pudemos observar grande melhora da dor e melhora do arco de movimento,principalmente para prono-supinação. Apesar de não termos lesões nervosas ressaltamos que há possibilidade das mesmas e que o respeito ao método é importante para que essas lesões sejam evitadas. Possivelmente o ganho da flexo-extensão esteja relacionado com a liberação das aderências no intraoperatório para a melhor visualização eo da prono-supinação com a própria exérese da cabeça radial, visto que a maior parte das cabeças radiais apresentavam certo grau de deformidade.